terça-feira, 23 de outubro de 2012

SARAU DO CAS


O próximo Sarau do CAS (Coletivo dos Artistas Socialistas) acontecerá no dia 25 de outubro, às 19 horas, no ECLA (Espaço Cultural Latino Americano), que fica na Rua da Abolição, 244, na Bela Vista.
Terá como tema uma homenagem aos 95 anos da Revolução Russa. A atividade contará com uma palestra (informe abaixo) e, após uma homenagem ao grande poeta da Revolução, Wladimir Maiakovski: leitura de alguns de seus poemas pelos atores Cecília Toledo e Carlos Ricardo, sob a direção artística de Jairo Maciel.
Saiba mais sobre a palestra de Cecília Toledo (Militante do PSTU e do CAS, e Diretora Artística do Grupo de Teatro Cena Livre)

O que foi o Realismo Socialista?

            Por que discutir o Realismo Socialista hoje? Porque talvez tenha sido a forma mais acabada de dirigismo sobre a Cultura e tentativa de controle dos artistas e da criação artística por parte do Estado, em proveito de uma orientação clara de destruição da revolução socialista que dava seus primeiros passos na URSS.
Em 1924, Stalin havia assumido o cargo de secretário-geral do PCUS, depois da morte de Lenin, e isso foi decisivo para a arte. A liberdade artística foi para o ralo, uma nova concepção de arte começou a vigorar e a partir de 1934 o chamado realismo socialista tornou-se linha oficial soviética para a arte e a cultura a partir do Primeiro Congresso de Escritores Soviéticos.
Sempre fez parte da poderosa campanha das forças ideológicas do capitalismo contra a Revolução Russa a acusação de que a tentação totalitária era inerente às idéias estéticas de Lenin e a política cultural dos bolcheviques. Nada mais longe da verdade. A Revolução Russa abriu as portas para todas as correntes artísticas, num clima de liberdade total para a criação e a experimentação.
Discutir o Realismo Socialista hoje é fundamental para aqueles que lutam por transformar a sociedade, eliminando todos os tipos de controle exercidos sobre a arte, não apenas por parte das correntes políticas, mas também do Estado, das igrejas, dos bancos e do grande capital. Estratégica para a luta dos trabalhadores, a defesa intransigente de toda liberdade em Arte deve ser uma preocupação de todos aqueles que lutam por uma sociedade socialista, na qual os talentos humanos possam se desenvolver plenamente e os artistas se multipliquem em cada homem, em cada mulher, em cada esquina, em cada casa, em cada coração.

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