CAS na CSP-Conlutas


Demandas originadas da reunião do Setorial de Cultura da CSP-Conlutas, realizada no dia 29/11/2012

Tiramos desta ultima reunião um Fórum para discutirmos a relação entre movimento Sindical e Movimento Cultural.

Algumas pautas que podem ser ampliadas para discussão no Fórum

1. Formação política dos coletivos de cultura dentro da Central 

2. Ampliar e discutir com a CSP o Documento do Núcleo de Cultura do Luta Popular - SP, que segue em anexo.

3. Formar grupos para resgatar a Cultura Popular e pesquisar os 40 anos da Ditadura Militar. 

4. Construir junto com os trabalhadores, oficinas, saraus, homenagens a camaradas e divulgação de suas lutas.

5. Ações contra o Genocídio da juventude pobre. 

6. Inserir dentro da programação cultural da Central os coletivos do Setorial de Cultura. 

29/11/2012


LUTA POPULAR

TEXTO NACIONAL SOBRE CULTURA POPULAR

Manual do Ativista Cultural Revolucionário

Núcleo de cultura do Luta Popular

AUTO DEFINIÇÃO

Deve ser ação permanente do coletivo luta popular a formação de lideranças em todas as comunidades em que participarmos. O intuito é formar pessoas que possam se reconhecer como luta popular e iniciar a formação dos Núcleos locais do luta.
Em cidades maiores, cada bairro deve receber uma atuação do núcleo de cultura, atuar com projeções (Cine de Luta), Saraus, Aulas Públicas, Oficinas, Fortalecer Grêmios ou Movimento Estudantil no Ensino Fundamental e Médio das Escolas Públicas, Cursinho pré Vestibular, e atuações em Espaços Religiosos.
É importante definir as ações culturais sob nossa ótica e não pela lógica capitalista e mercadológica que atualmente pauta a cultura de massa. Para tal entendemos:

Manifestação cultural: toda manifestação, material e imaterial de uma comunidade, povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pequenos agricultores, extrativistas, sem terra, sem teto e das periferias das cidades. Sua linguagem falada e escrita, vestuário, comidas típicas, danças, musicas, pintura, artesanato, lendas e tradições religiosas.

Sarau
Encontro de ativistas culturais e sociais, com intuito de compartilhar poesias, textos, documentários, musicas, danças, debates e até apresentações de pratos típicos. Podendo ser temático, comemorativo ou livre. Deve estimular a participação de populares e crianças das comunidades. Sempre estimulando a produção local, o protagonismo dos atores locais e suas historias.

Projeções
Apresentação de slides, retroprojeções, vídeos, documentários e filmes em palestras, reuniões, mostras culturais, circuitos, ou sessões de cinema cujo intuito seja transmitir as historias de  luta, de lideranças e de conquistas populares. Sempre estimulando a produção local, o protagonismo dos atores locais e suas historias.

Publicações de resistência
Os formatos de publicações de baixo custo e de distribuição independente conhecidos como: fanzines, zines, jornais comunitários, revistas, livretos de contos, poesias, histórias em quadrinhos, cordéis, cartazes, lambe-lambe e panfletos que reflitam sobre temas culturais, de resistência, de ações sociais, de reflexão política e de denuncia, por meio de textos, poesias, desenhos, charges, gravuras, fotos, clipping de noticias local e/ou nacional, crônicas, relatos, atas de reuniões, cartas e quaisquer produção gráfica neste sentido.

Transmissões alternativas
Transmissões de radio livre por frequência modular(FM) ou internet, realizadas diariamente ou exporadicamente, em local fixo, móvel ou em eventos. Por transmissores de pequenos ou de médio porte ou stream´s pela web. Com intuito de divulgar, comunicar, denunciar e transmitir eventos ao vivo como: reuniões, debates, shows, saraus, ocupações, manifestações públicas, passeatas e quaisquer ações em que se possa contar com esta estratégia divulgação.

Estratégias de incentivo à leitura
Articulação para a facilitação ao acesso de livros e/ou publicações diversas para a população com o intuito de resgatar o habito de leitura, difundir clássicos literários e publicações que reforce o resgate da cultura de luta e resistência brasileira, latino-americana e mundial. Por meio de bibliotecas comunitárias, bibliotecas móveis ou itinerantes, em espaços não convencionais de maneira cotidiana, periódica ou esporádica. Em prateleiras, cestos, bolsas, baús, caixas, ônibus bibliotecas, carros bibliotecas, biciclotecas, jeguetecas, barcotecas e em bancas fixas ou de rua. Exemplos: Projeto “Pra ti ler em qualquer canto”: prateleiras montadas em bares, comércios e outros estabelecimentos privados, de alta frequência popular localizados em comunidades com pouco ou nenhum acesso a bibliotecas públicos; Projeto “Bicicloteca”: difusão de livros em espaços alternativos como terminais de ônibus, pontos de ônibus, avenidas, praças, portas de escolas e outros, com intuito de emprestar e/ou doar estas publicações para populares e projeto “Postesia”: formação em comunidades com o intuito de instigar a criação de textos, poesias, frases em suportes diversos ou materiais reciclados como: papeis, papelões, banner´s, portas de geladeiras, fundos de armários, cavaletes de políticos e outros, para a fixação em postes, muros, viadutos e demais espaços públicos de alta frequência popular.

Artes visuais
Intervenções artísticas visuais, individuais ou coletivas. Por meio de telas, esculturas, xilogravuras, grafites, pichações, instalações, exposições e outras ações que envolvam cores, formas, sentimentos e/ou tradições, expressos de maneira artística pelas comunidades com intuito de, transmitir, ocupar, denunciar, manifestar seu sentimento, sua cultura local e/ou momento histórico. Utilizando estes instrumentos de resgate popular e político de maneira pública, facilitando o acesso e estimulando a produção local, o protagonismo dos atores locais e suas historias.

Artes cênicas, circenses e danças
Manifestações individuais ou coletivas baseados em textos, musicas, práticas tradicionais ou histórias das culturas indígenas, quilombolas, cablocas e brasileiras. Por meio de teatro de rua, teatro do oprimido, circo sob lona ou de rua, danças tradicionais, urbanas, de salão. Com objetivo de resgatar a cultura tradicional, manifestar os saberes populares, denunciar questões políticas e sociais e difundir novas culturas Sempre estimulando a produção local, o protagonismo dos atores locais e suas historias.

Debates Públicos:  Reunião de pessoas com  o objetivo de acumular conhecimento sobre temas específicos com a presença na mesa de debate de pessoas, lideranças e entidades que represente os interesses populares e seus anseios. Sempre que for necessário debater políticas publicas e seus efeitos sobre as comunidades, poderá ser considerada, a presença de gestores públicos, juristas, acadêmicos e até religiosos, desde que os mesmos, estejam ligados diretamente ao assunto tratado e seja garantido igual quantidade na mesa para pessoas das comunidades atingidas direta ou indiretamente por estas políticas.

Mutirão Cultural na Quebrada:   Fernando Cachueira 

Aulas Públicas: Atividades de formação, instrução ou capacitação entre professores, instrutores ou lideranças feita para as pessoas das comunidades sem necessidade de cadastro, inscrição ou qualquer burocracia que impeça o acesso. Respeitando somente a quantidade de pessoas total para a realização da atividade no espaço em que esta for realizada

Universidade Livre Popular: Intercambio entre professores de luta  e moradores dos bairros periféricos. Criar cursos permanentes: Formação para lideranças comunitárias, professores e  coletivos de cultura. Cursos abertos à todos da comunidade.  Ações permanentes em espaços públicos, comunitários e até de entidades religiosas desde que os princípios da liberdade de expressão, acesso livre e quando não for gratuito devera ter valores populares e concessão de cortesias para pessoas interessadas e que naõ disponham de recursos.
Fortalecer mensalmente cada Núcleo do Luta, com mini Mutirão Cultural.

Nossas relações com partidos e governos.
Relação com interesses populares, partidos alinhados as causas populares exigir verba pública como resgate de uma dívida eterna do Estado com o povo. Usar verba pública para bancar ações de formação política de massa.
Não apoiaremos enquanto grupo, nenhum partido ou candidato por entender que os interesses populares, no que tange a cultura, devem ser respeitados e apoiados, independente de qualquer grupo ou interesse político partidário. É provável que na luta local possa haver momentos em que o grupo apoie, fomente e lute por leis, criação de espaços e desenvolvimento de mecanismos políticos-financeiros que dirijam recursos para as comunidades tradicionais, comunidades carentes e grupos artísticos que historicamente foram esquecidos e desfavorecidos pelo processo histórico.
“sempre que possível apoiaremos a definição de nomes de lideranças locais e tradicionais no processo de luta popular para a nomenclatura de vias, assentamentos, espaços culturais, bibliotecas, parques, praças, hospitais e quaisquer espaços públicos e populares como forma de imortalizar a historia de luta dos povos”
Estaremos ao lado das comunidades mais pobres em suas lutas e manifestações culturais, promovendo suas atividades cotidianas e fortalecendo a manutenção das tradições orais e o patrimônio imaterial destas comunidades. Sendo que para isso, desenvolveremos todas ferramentas, práticas e manifestações populares para garantir os direitos existentes na constituição federal, estadual e municipal.

Edital x políticas públicas
Editais e políticas de financiamento de atividades culturais são instrumentos políticos de pulverizar recursos de maneira pública para ações culturais. Os governos municipais, estaduais e federal, tradicionalmente não possuem políticas que satisfaça a realidade das comunidades, dos grupos culturais, das companhias e artistas de norte a sul do Brasil. Na ausência de políticas fomentadoras e eficazes este mecanismo serve de “tapa-buraco” e quando não, é usado para desviar recursos e legitimar falcatruas. Ao nosso ver, devemos lutar para a manutenção e fomento de ações de cultura popular, seja ela urbana ou rural. Para tal, devemos propor novos mecanismos de inclusão de todas as manifestações tradicionais e as novas manifestações criadas pela juventude. Neste ponto deve-se entender que, na ausência de modelos que realmente contemple os ensejos das comunidades por nos representadas, deveremos desenvolver estratégias e ferramentas para fomentar nossas ações e mantermos viva as manifestações culturais ameaçadas e não privilegiadas pelas politicas locais. Neste contexto estamos a vontade para disputarmos qualquer edital, concurso publico ou prêmio para que retorne ao povo recursos públicos de impostos para ações culturais. Acreditamos que projetos podem não só financiar nossas ações diretas, como também podem servir para criar fundos para outras ações, projetos e para o próprio movimento.

Relação com Sindicatos
Apoiaremos as entidades sindicais que, por discurso e pratica estejam ao lado de trabalhadoras e trabalhadores na melhoria das relações trabalhistas e nas conquistas sociais.
Ajudar na divulgação das suas lutas, apresentação cultural na grade festiva de cada sindicato, com grupos da periferia. Cada sindicato deve apoiar os coletivos que fazem parte do núcleo de cultura do movimento luta popular. Como forma de fortalecer o fundo do movimento, o núcleo de cultura propõe festas permanentes em espaços com preços populares. Vamos convidar os sindicatos para fortalecer o fundo do Luta. Participar dos cursos de formação dentro do sindicato e propor participação dos sindicalistas em nossas formações.

Relação com coletivos, entidades do 3º setor, movimentos
Devemos convidar coletivos, entidades e movimentos que se aliem com nossas perspectivas e que sejam aceitas pelas comunidades em que estivermos trabalhando, para ajudar a levar cultura de resistência onde estes já estiveram desenvolvendo trabalhos e em lugares que nunca houve ação. As ações conjuntas devem ser pautadas sob a perspectiva de um trabalho que respeite as diferenças culturais, as comunidades locais, a imparcialidade política do grupo e necessidade de respeito ao processo democrático interno nos trabalhos coletivos.


novembro de 2012

Informe da Reunião Setorial da RELATÓRIO DA REUNIÃO DA COORDENAÇÃO NACIONAL DA CSP-CONLUTAS Central Sindical e Popular
São Paulo/SP – 26, 27 E 28 DE OUTUBRO DE 2012


Setorial de Cultura

Tendo em vista que essa é a primeira reunião do setorial de Cultura da CSP-Conlutas e que temos como objetivos aprofundar o debate em torno da cultura com caráter classista, resolvemos:

1.       Promover a interação entre as companhias de Teatro sindicais junto ao movimento popular e suas diversas manifestações artísticas (teatro, sarau),
2.       Fazer uso do espaço virtual da CSP-Conlutas para pautar nossas intervenções e divulgar nossas atividades  (Janela pra o setor),
3.       Que a CSP-Conlutas apoiando-se no setorial de Cultura busque desenvolver atividades e incentivos artísticos culturais.
4.       Intervenção do setorial de cultura da CSP-Conlutas e a entrega da doação da biblioteca no dia 18 de novembro no Sacolão das Artes –SP,
5.       Incentivar que os delegados e observadores doem nas reuniões nacionais livros e matérias culturais para o incentivo de montagem de bibliotecas nos movimentos populares,
6.       Preparar uma mesa do setorial de cultura que discuta “As politicas culturais do Brasil e a construção de uma intervenção nos movimentos sociais”,
7.       Convocar todos os diretores sindicais e dos demais movimentos sociais responsáveis pelas secretarias culturais.


07/11/2012

Participação do CAS na reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, em São Paulo, entre os dias 26 a 28/10/2012

O CAS foi representado por nossa delegada Martha Piloto. 

Na reunião inaugural do Setorial de Cultura estiveram presentes 15 companheiros, especialmente da cidade de São Paulo, que discutiram a aproximação entre as diversas intervenções culturais que desenvolvem, destacando a realização de Sarais e o início da elaboração de uma política cultural para a intervenção da CSP-Conlutas.



Texto para Discussão na Reunião de Cultura da CSP-Conlutas

Construir uma intervenção cultural nos movimentos sociais

Sem cultura não podemos ser livres!
Com a cultura podemos refletir a nossa realidade, despertando o entendimento de nossa existência.
Na história do movimento sindical brasileiro, encontramos momentos em que se desenvolviam atividades culturais. Essas atividades ajudavam a elevação da consciência da classe trabalhadora, pois, muitas vezes, servia de canal para a informação e a formação dos trabalhadores. Tínhamos teatro, coral, poesia, cinema, tudo apoiado e incentivado pelos sindicatos.
Atualmente, os sindicatos estão distantes dessa proposta e não desenvolvem atividades culturais. Em alguns casos, essas atividades são vistas como um empecilho para o bom andamento das demais ações sindicais, e, em outros, quando ocorrem, não estão em sintonia com o trabalho político.
Queremos desenvolver no interior da CSP-Conlutas um trabalho de resgate dessa prática perdida nos últimos anos, por um lado; e estimular os sindicatos a desenvolver projetos culturais para as suas bases, por outro. Atividades que impulsionem e elevem o nível cultural e de consciência da classe trabalhadora.
Diante dessa realidade, propomos iniciar a construção do Setorial de Cultura da CSP-Conlutas, com uma primeira reunião, que terá como eixo a socialização dessa necessidade. Para tanto, sugerimos para a próxima reunião:

1) Preparar uma mesa do setorial de cultura que discuta “As políticas culturais do Brasil e a construção de uma intervenção nos movimentos sociais.

2) Convocar todos os diretores sindicais e dos demais movimentos sociais responsáveis pelas secretárias culturais.

3) Discutir a organização de um Concurso de Literatura  no seio dos movimentos da CSP-Conlutas.

21/10/2012

Extrato do Informativo da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas
n° 03 (10/10/2012)

 Artigo: Reunião da Coordenação Nacional debaterá ACE e Reforma da Previdência


".................Os setoriais ainda se reúnem na tarde/noite do sábado. Uma novidade é a formação do Setorial da Cultura, por iniciativa do CAS - Coletivo de Artistas Socialistas......"

                               Convocatória Reunião de Cultura CSP-Conlutas

Companheiras e Companheiros,

Ainda falta à CSP-Conlutas organizar seu setor de Cultura, que tem potencial de ajudar nas lutas e mobilizações dos trabalhadores. Dessa forma o CAS (Coletivo dos Artistas Socialistas), movimento recém filiado à central,  convoca a todos para uma discussão sobre Cultura para acontecer no dia 27 de Outubro,  ao final dos trabalhos do 2º dia de reunião da Coordenação Nacional da CSP- Conlutas Central Sindical e Popular.

Estão convidadas todas(os) as(os) companheiras(os) representantes das entidades e participantes da reunião.

09/10/2012

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